Resumo:
A presente escrita narra a memória de três benzedeiras e descreve a partir do “imaginário”
dessas mulheres as narrativas históricas, para explicar, por meio das relações com as suas
origens, os símbolos e as imagens, a forma como a fotografia ganha um caráter mágico no ato
de benzer. Assim, compreender os preceitos e rituais dessas práticas de cura e cuidados com
a saúde realizados por elas. Portanto, há um importante papel atribuído à fotografia nesse
imaginário quando retratos são benzidos no lugar de pessoas: a atribuição de significados
ultrapassa o papel icônico e atinge o universo do mito. Para o desenvolver desta pesquisa
etnografia, utilizou-se da metodologia que consiste numa revisão bibliográfica, com
abordagem qualitativa e natureza exploratória, que de acordo com Gil (1999), o método
utilizado foi o método da história oral por meio do qual evidencia-se a memória das
benzedeiras no contexto das práticas da cultura popular. Utilizou-se das obras de BRAGA
(2009); HALBWACHS (1990); SANTOS (2009) e OLIVEIRA (1993) e tantos outros autores,
que discutem com propriedade, estes procedimentos e que serviram de base para a
metodologia desenvolvida, proporcionando um melhor entendimento desse método. De
acordo com a literatura pesquisada, foi possível refletir sobre os saberes e práticas das
benzedeiras e o seu papel na sociedade, através das práticas ritualistas de cura na busca de
gerar saúde e bem-estar ao indivíduo que as procuravam.
Descrição:
MENDONÇA, J. J. Práticas e rituais sagrados: fotografia no imaginário das benzedeiras no município de Caturité (2008-2012). 2022, 28 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Estudos de História Local, Sociedade, Educação e Cultura).- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2022.