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O presente estudo busca evidenciar a relevância da abordagem didática em sala de aula com
obras literárias que apresentam a representatividade feminina negra, destacando o
desenvolvimento de personagens que fogem das clássicas representações estereotipadas. Desse
modo, o objetivo geral desse estudo é propagar a representatividade feminina negra em sala de
aula, dando ênfase à representação das personagens negras na Literatura Brasileira. Com isso,
buscamos evidenciar aos alunos a relevância de conquistas femininas negras historicamente
silenciadas. Nesse viés, essa produção justifica-se pela necessidade de explorar as
possibilidades de atuação com a literatura não-canônica, as quais transcendam a ilustração de
nossa sociedade que ainda apresenta reflexos do sistema escravocrata, racista e patriarcal.
Diante disso, para dar base ao nosso estudo, amparamo-nos nos postulados de Capello (2010),
Colomer (2015), Sousa (2018), Cosson (2012), entre outros estudiosos da área de Literatura e
ensino. A metodologia desse trabalho ocorreu a partir da aplicação de quatro aulas,
fundamentadas num viés metodológico sociointeracional, que comportam os passos da
sequência básica de Cosson (2012), para a qual selecionamos o poema-narrativo infantojuvenil
Uma princesa nada boba (2011), de Luiz Antonio, desenvolvendo uma abordagem com foco
na representatividade de personagens femininas negras, por meio da personagem principal,
Stephanie/Odara. Como resultado, mostramos ser possível trabalhar, em sala de aula, a
importância da representatividade negra por meio da Literatura infantojuvenil e, com isso,
resgatar e valorizar as culturas africana e afro-brasileira, historicamente silenciadas. |
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