Comportamento de pseudomonas sp em um hospital publico na cidade de Campina Grande - PB

Abstract

As infecções hospitalares representam um grande desafio para saúde pública, visto que acarretam um aumento da morbimortalidade. Nesse contexto, Pseudomonas sp é um dos microrganismos mais associados por ser uma bactéria ubíqua, e oportunista. Soma-se a isso a elevada resistência desse patógeno aos antimicrobianos. Esse trabalho objetivou avaliar a incidência, origem e o perfil de resistência de Pseudomonas sp aos antimicrobianos. O local de estudo foi um hospital público na cidade de Campina Grande - PB, os dados foram coletados no período de janeiro a dezembro de 2020. Foram avaliados o quantitativo de culturas realizadas, os microrganismos mais frequentes, o sítio de infecção mais comum e o comportamento de Pseudomonas frente aos antimicrobianos. Observou-se que dentre as 1175 culturas realizadas, 465 (40%) foram positivas para algum tipo de bactéria e Pseudomonas sp foi a mais comum, sendo isolada em 161 culturas (35%). Os sítios anatômicos onde este patógeno foi mais frequente foram traqueia, 78 (48%), e o trato urinário 44 (27%). Constatou-se que as cepas de Pseudomonas isoladas mostraram elevada resistência para a maioria dos antimicrobianos com destaque para o levofloxacino o qual mostrou que 160 cepas (99%) resistentes. Em segundo lugar de maior número de cepas resistentes esteve o ciprofloxacino, com 150 cepas (93%), seguidos de ceftazidima ,140(87%); cefepime com 137 cepas (85%), aztreonam ,132 cepas (82%); imipenem,131 cepas (81%); piperaciclina/ tazobactam, 129 cepas (80%); gentamicina, 126(78%); amicacina ,107(65%) e meropenem 105 (65%). Entretanto, constatou-se que polimixina B foi o antimicrobiano com menor número de cepas resistente, já que apenas 2 cepas (1%) mostraram resistência a este fármaco. Conclui-se que Pseudomonas sp merece especial atenção no ambiente hospitalar em virtude de sua fácil propagação e dificuldades no tratamento se realizado sem os testes de sensibilidade aos antimicrobianos e, em casos em que os testes de susceptibilidade a antibióticos não possam ser realizados, a droga de escolha deve ser a polimixina B.