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O fantástico não se limita à existência de seres ou elementos sobrenaturais, e frequentemente é confundido com os gêneros estranho e maravilhoso, com os quais faz fronteira. Ele está sempre na linha tênue entre esses gêneros, podendo também se manter distante dela. O fato é que dificilmente uma narrativa permanecerá no puramente fantástico, fazendo-o ser, por vezes, um gênero evanescente. Faz-se necessária a observação cuidadosa dos aspectos que definem e separam o gênero fantástico dos seus gêneros vizinhos, já que, como mencionado anteriormente, facilmente podem ser confundidos. Utilizando-se de uma pesquisa bibliográfica, recorremos às teorias trazidas pelos autores Tzvetan Todorov (1981) e David Roas (2013) a respeito do fantástico, a fim de tentarmos compreender o seu funcionamento. Aplicamos, então, os conhecimentos adquiridos por meio das suas teorias à análise do conto “O gato preto”, de Edgar Allan Poe, e a pretensão foi averiguar a maneira como o fantástico se manifesta dentro dele. Após o estudo das teorias do fantástico e investigação das manifestações dele dentro do conto de Poe, foi constatado que a obra pertence ao fantástico puro. |
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