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Este trabalho é uma análise da presença da hybris na obra Carmen (2005), novela do autor Prosper Mérimée (1803 – 1870), com enfoque nas mudanças das formas de apresentação e significação do termo grego através dos tempos e na verificação de quais elementos definem a presença do conceito na obra. Propondo análise através das ações desmedidas das personagens, o estudo observa como a hybris se apresenta em diversos pontos do texto, na narrativa, através dos atos de ciúmes, jogos de sedução e assassinatos praticados pelas personagens centrais e secundárias, fatores que conferem aspectos de arrogância vinculados à hybris na Antiguidade e na atualidade, o que permite observar as formas pelas quais foram mantidas e preservadas as principais características do conceito e sua relação com outros conceitos. A pesquisa está inserida em um quadro teórico de estudos bibliográficos que destacam a presença do conceito de hybris na literatura e pauta-se no corpus de análise composto pela novela Carmen (2005), escrita no ano de 1845 por Prosper Mérimée. Com isso, é possível identificar a forma, ou as formas, sobre como a hybris está presente nas ações dos heróis trágicos e de outras personagens, sobre as relações de significado do termo de acordo com a significação dada pelos gregos, com destaque para a influência de acontecimentos ocorridos no período do Romantismo no século XIX, e sobre as formas de significação e apresentação da hybris na literatura. Ao final, constata-se que foram mantidos e preservados os aspectos da hybris através do uso de elementos necessários na composição das personagens, pela preservação de características do sentido original, relacionadas com os significados de arrogância, transposto pelas interações pessoais e interpessoais das personagens, referentes ao reflexo da expressão da desmedida humana, desde sua significação de origem grega até os sentidos atribuídos no período atual. |
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