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O presente trabalho é pautado sob a ótica da Linguística Funcional, que analisa os fatos da língua, levando em consideração usos reais e sua evolução junto à gramática. Nossa pesquisa surge da necessidade de observar a gramaticalização e o funcionamento do item “o que”, visto que os itens linguísticos passam por processos de gramaticalização e apresentam variações que sinalizam possíveis mudanças em seus usos. Deste modo, temos como objetivo geral analisar em que contextos de uso o “o que” é uma construção e como se dá o seu funcionamento sintático em textos jornalísticos. Como objetivos específicos, buscamos identificar as estruturas oracionais nas quais o “o que” se faz presente e analisar as funções sintáticas assumidas pela construção nessas estruturas. Para a realização destes objetivos, formamos um corpus com 27 notícias retiradas de jornais online que circulam na Paraíba, analisado por meio do método qualitativo-interpretativista. Fundamentamo-nos em estudiosos como Neves (1997; 2000), Furtado da Cunha (2008), Martelotta e Areas (2003), Alonso e Cesário (2015), Rosário (2015), Lacerda e Oliveira (2015), Decat (2011), entre outros, que discorrem sobre a língua, gramática, uso, discurso, gramaticalização, gramaticalização das construções e a integração oracional. Apoiamo-nos em Neves (2011; 2012; 2018), Castilho (2010; 2014), Santos (2018), Bechara (2009), Cunha e Cintra (2017), Rocha Lima (2011) que fundamentam a revisão gramatical das orações, dos pronomes relativos e interrogativos, como também do item linguístico “o que”. Constatamos em nosso estudo a consolidação do “o que” como um item só, completo e não separável, que introduz não apenas orações adjetivas, mas também, orações substantivas e orações plenas, passando pelas funções de pronome relativo a pronome interrogativo. Nossa pesquisa e nossos resultados elucidam mais uma vez a dinamicidade das funções exercidas pelos itens linguísticos e das ocorrências oracionais em nossa língua. |
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