dc.description.abstract |
Introdução: A COVID-19 causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) assolou toda a humanidade desde o final do ano de 2019 até o fim da pandemia declarada pela OMS em Maio de 2023. Desde lá, muito tem se estudado acerca dos seus impactos e sequelas a curto e longo prazo na população. Dentre as principais sequelas destacadas atualmente está a fadiga, dispneia e cansaço físico persistentes, decorrentes da fraqueza muscular sistêmica e respiratória causada pelo vírus nos indivíduos mesmo após a fase resolutiva da doença. Objetivo: Avaliar o efeito do treinamento muscular respiratório (TMR) e de um protocolo de exercícios na força muscular respiratória de indivíduos que foram diagnosticados com a COVID-19. Métodos: Estudo do tipo experimental, transversal, de abordagem quantitativa e qualitativa, que ocorreu na cidade de Campina Grande - PB, na clínica escola do departamento de fisioterapia da Universidade Estadual da Paraíba - UEPB, entre outubro de 2021 e dezembro de 2022. Os pacientes foram avaliados a partir de avaliação de força muscular respiratória (manovacuometria), prova de função pulmonar (espirometria), avaliação da capacidade submáxima de exercício (teste do degrau de 4 minutos - TD4) e avaliação da qualidade de vida (Short Form SF-36). Resultados: Foram avaliados 21 pacientes, sendo 6 homens (49,33 ± 18,09) e 15 mulheres (37,27 ± 14,39), com idade média de 40,71 ± 16,06 anos, que tivessem testado positivo para COVID-19 por meio do RT-PCR e/ou sorologia e apresentado a doença na sua forma sintomática. A partir dos dados obtidos foi possível perceber que grande parte dos pacientes apresentaram fraqueza muscular respiratória (FMR) demonstrando como principal sintomatologia após a COVID-19 a tosse, dispneia e, sendo a fadiga, a sequela relatada pela totalidade de indivíduos estudados. Após intervenção proposta por 16 sessões que incluem TMR realizado com o auxílio de equipamento para resistência ao fluxo de ar (PowerBreathe) e protocolos de exercícios, foi percebido um aumento significativo nos valores obtidos de Pressões Respiratórias Máximas (PRM) a partir da manovacuometria. Conclusão: Um protocolo bem estruturado composto por 8 semanas de intervenção, composto por TMR e protocolo de exercícios aeróbicos e resistidos, é capaz de promover melhora na capacidade aeróbica, capacidade funcional, aumento da força muscular respiratória e melhora dos sintomas como fadiga e dispneia relatados pelos indivíduos estudados. |
pt_BR |