Disfunções sexuais em mulheres discentes do curso de fisioterapia da universidade estadual da Paraíba e seus impactos na qualidade de vida

Abstract

A disfunção sexual é qualquer alteração no ciclo de resposta sexual, na qual, pode ser advinda de problemas psicológicos, biológicos ou sociais, por isso a necessidade de entendê-la. O objetivo do estudo foi identificar a prevalência de disfunções sexuais em mulheres discentes do curso de Fisioterapia da Universidade Estadual da Paraíba, cursando entre o primeiro e décimo período da graduação, com idades entre 18 e 45 anos, sexualmente ativas, e analisar os impactos na qualidade de vida. O presente estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), através do CAAE 67703223.6.0000.5187. Foram selecionadas 52 mulheres, em que foi aplicado um questionário online, que abordava questões sociodemográficas, o questionário FSFI que analisa seis domínios da função sexual: desejo, excitação, lubrificação, orgasmo, satisfação e dor e enfatiza o distúrbio da excitação, sendo >26,5 uma boa função sexual. A média geral obteve escore de 27,45 pontos, demonstrando boa função sexual e na média individual verificou-se que 36,5% das participantes sofrem de disfunção sexual. E o questionário WHOQOL-bref para análise da qualidade de vida, que analisa os domínios: físico, psicológico, relações sociais, meio ambiente e percepção de qualidade de vida. Foi utilizado o teste Qui-Quadrado para comparar proporções. Foi encontrada uma média de idade de 21,8 anos das participantes da pesquisa. Conclui-se que as mulheres universitárias deste estudo apresentaram boa satisfação sexual, porém, com alta porcentagem de alguma disfunção sexual. Quanto à qualidade de vida, não houve diferença estatística (p = 0,990) entre as mulheres que apresentavam disfunções sexuais e as que não apresentavam, no entanto, há uma tendência à diminuição da QV.