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Introdução: A COVID-19 foi reconhecida como pandemia em 2020 e levou quase 7 milhões de pessoas a óbito. Apresenta manifestação clínica variada, desde quadros brandos, até quadros graves que culminam em insuficiência respiratória aguda. A COVID longa se manifesta quando há persistência dos sintomas por 4 semanas ou mais após a infecção viral, o que tem impactado na funcionalidade dos indivíduos infectados. Por esse motivo, é imprescindível a utilização de instrumentos que possam mensurar e classificar esses indivíduos, a fim de que eles possam ser monitorados durante o processo de reabilitação. Objetivo: Avaliar os aspectos relacionados à funcionalidade de pacientes pós-COVID-19 utilizando a Escala do Estado Funcional Pós-COVID-19. Métodos: Estudo do tipo observacional, transversal, descritivo, de abordagem quantitativa, que ocorreu na cidade de Campina Grande - PB, na clínica escola do departamento de fisioterapia da Universidade Estadual da Paraíba – UEPB e também de forma online, por meio de um formulário da plataforma Google Forms, por meio do qual os participantes responderam às mesmas questões pertencentes a escala. Resultados: Foram avaliados 100 indivíduos diagnosticados por meio do teste positivo para COVID-19, sendo 77 do sexo feminino e 23 do sexo masculino com média de idade de 33,86 ± 14,30 anos. Os principais achados desse estudo apontam que pacientes diagnosticados com COVID-19 apresentam impacto na funcionalidade mesmo depois de cerca de 1 ano após a doença. Esse impacto pode estar relacionado a aspectos como a persistência ou o aparecimento de sintomas como fadiga e dispneia, visto que os indivíduos relataram escores altos desses dois sintomas durante a avaliação. Conclusão: A PCFS tem se mostrado como uma ferramenta útil na identificação de sintomas persistentes após a fase aguda da COVID-19, bem como estratégia de delimitação do perfil funcional dos pacientes acometidos pela doença, uma vez que é capaz de indicar o escore funcional e as limitações da funcionalidade para atividades básicas do cotidiano. Portanto, o estudo serve de alerta para a necessidade de avaliação e monitoramento dos pacientes acometidos pela COVID-19, com o objetivo de identificar e mensurar os impactos funcionais sofridos pelos pacientes que foram infectados, mesmo após a fase aguda da doença.
Palavras-chave: COVID-19; Síndrome Pós-COVID-19; Reabilitação. |
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