Resumo:
Introdução: O ballet enquadra-se como uma atividade física cíclica e repetitiva, devido à sua forma de treinamento, implicando em importantes solicitações físico-motoras, que integram as exigências gestuais e posicionais consideradas “antianatômicas” repercutindo, em sobrecargas articulares e posturais nos bailarinos. Com isso, dores e lesões musculoesqueléticas são um problema enfrentado por bailarinos com frequência, visto que grande parte dos bailarinos se mantem ativos e não se afastam da prática do ballet durante a recuperação de suas lesões. Objetivo: Avaliar a incidência de lesões em bailarinos profissionais quanto a números e regiões de acometimento. Trazendo uma base sólida para elaboração de condutas fisioterapêuticas capazes de prevenir disfunções nesses indivíduos. Metodologia: Foi realizado um estudo transversal, quantitativo, de forma online, com dançarinos profissionais da modalidade de ballet clássico, que possuam entre 18 e 30 anos, com tempo mínimo de 5 anos de prática e realizar pelo menos 3h de treino semanal, regularmente matriculadas em escolas de dança nacionais e internacionais, e que concordaram e assinaram de forma voluntária o Termo de Consentimento Livre e Esclarecimento para participar da pesquisa, sendo realizada a tabulação e análise dos dados, no programa Microsoft Excel® 2016, composta dos participantes com base nos critérios de inclusão e exclusão, incidência de lesões, e regiões mais acometidas. Resultados: A amostragem final da pesquisa foi composta por 44 participantes. Tendo a idade média encontrada de 24,54 com desvio padrão de 5.45. 84,1% responderam que praticam a modalidade há um tempo médio de 14,6 anos, tendo esse dado um desvio padrão de 5,86%, enquanto 9,09% não souberam responder com exatidão. Foi observado que 64,8% praticam exclusivamente ballet clássico, enquanto 35,1% praticam outras modalidades de dança. Cerca de 78,4% relataram lesões em devido ao ballet, enquanto 21,6% negaram ter tido lesões relacionadas a dança, distribuídas de acordo com os seguintes dados: Tornozelo: 70,8%, Pé: 58,3%, Ombro: 16.7%, Cervical: 4,2%. Outras lesões foram: Joelho (57,1%), Coluna Lombar (42,8%), Distensão/Estiramento Muscular (29,1%), sendo os músculos adutores e posterior de coxa mais afetados, Tendinopatia/canelite: (8,3%) e Fratura por estresse de tíbia (4,1%). Conclusão: Com isso, é possível concluir que as lesões que mais acometem bailarinos são localizadas nos membros inferiores, devido a uma descarga de peso e impacto maior nessas estruturas.
Descrição:
BARBOSA, R. C. Avaliação da incidência de lesões em bailarinos clássicos: um estudo transversal. 2023. 34 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Fisioterapia) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2023.