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Desde o início do século XX a atenção à saúde da mulher no Brasil passa por adaptações que visam qualificar a assistência fornecida às mesmas. Por volta dos anos 70, a saúde da mulher no Brasil restringia-se à saúde materna ou à ausência de agravos associados à reprodução biológica. A partir dos anos 90 obtiveram-se algumas mudanças nos modelos de atenção e em 1994 o Ministério da Saúde lançou a Norma de Assistência ao Climatério. O climatério é definido como uma fase biológica da vida da mulher, ocorrendo habitualmente entre os 40 e 65 anos de idade e dita a transição entre o período reprodutivo e o não reprodutivo, tendo a menopausa como o seu marco fisiológico, podendo esta acontecer entre 48 e 50 anos de idade. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, de caráter descritiva e exploratória, com delineamento transversal, utilizando-se de um questionário adaptado dos Protocolos de Atenção Básica à Saúde da Mulher – Ministério da Saúde, 2016, com perguntas abertas e fechadas, direcionadas a mulheres de 40 a 65 anos na Unidade Básica de Saúde Severino de Souza Costa em Campina Grande – PB, a partir de consultas de enfermagem. Para a análise dos dados utilizou-se o programa Statistical Package of Social Sciences for Windows®, versão 2.1 e para apresentação dos dados utilizou-se do programa Microsoft office Excell 2020. Seguiu-se as determinações da Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde e também foram levados em consideração os aspectos éticos contemplados pelo capítulo III do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, reformulado pela resolução do Cofen 564/2017. Verificou-se que a média de idade das mulheres variou entre 41 e 65 anos. Para confirmação do climatério, avaliou-se dois critérios: 1) presença de queixas sugestivas associadas ao climatério e/ou 2) 12 meses consecutivos de amenorreia. Deste modo, N=21 confirmaram estar no período de climatério. E, 13 (61,9%) mulheres confirmaram amenorreia. Alguns sintomas destacaram-se com maior frequência entre as mulheres. Sendo eles: Lapso de memória (61,9%), ganho de peso (61,9%), fogachos (57,1%), insônia (47,6%), fadiga (47,6%), dificuldade de concentração (47,6%), irritabilidade (47,6%), labilidade afetiva (42,9%) e cefaleia (33,3%). Visando facilitar o enfrentamento dessas mulheres para com às queixas apresentadas, desenvolveu-se diagnósticos e intervenções de enfermagem, seguindo uma abordagem humanizada. Os diagnósticos e intervenções desenvolvidos para as mulheres climatéricas, norteia a consulta de enfermagem, possibilitando ao enfermeiro(a) traçar um plano de cuidados de modo individual e efetivo para à mulher climatérica, diante das queixas apresentadas, orientando e facilitando a tomada de decisões durante a construção do plano de cuidados. |
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