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O surgimento da pandemia pela Síndrome Respiratória Aguda Grave 2 impôs a rápida intervenção dos serviços de saúde para o tratamento e controle da infecção, exigindo reorganização da Rede de Atenção à Saúde, com forte protagonismo da Atenção Primária à Saúde. Umas das medidas adaptativas utilizadas foi a massificação do uso das Tecnologias de Informação e Comunicação no cuidado em saúde dos usuários. O objetivo desta pesquisa foi o de caracterizar o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação no âmbito da APS paraibana no contexto da COVID-19. Trata-se de um estudo transversal de abordagem quantitativa. Para tanto, foi aplicado um questionário tipo survey, exploratório e descritivo, autoadministrado aos gestores de saúde dos municípios das 16 Regiões de Saúde da Paraíba. Os dados foram analisados por meio da estatística descritiva, sendo dispostos a partir de gráficos e tabelas. Como resultados do estudo foi observado que a distribuição de equipamentos de informática e acesso à internet, apesar de presente em todos os municípios, não foi equitativa no âmbito intramunicipal, entre as equipes da Estratégia Saúde da Família locais. Notou-se a incorporação do Sistema e-SUS Atenção Básica por 100% das localidades investigadas, bem como a adesão ao Informatiza-APS e a implantação de TICs voltadas à assistência à saúde em decorrência da pandemia. Quanto ao uso das TICs, a chamada telefônica foi a única TIC empregada pelos 16 (100%) municípios, enquanto os demais não atingiram esta magnitude, apresentando a seguinte distribuição: 13 (81,2%) utilizaram mensagens de texto; as videochamadas foram utilizadas por 12 (75,0%) dos municípios; 10 (62,5%) aderiram a aplicativos para aparelhos móveis como TIC destinada à saúde; e 2 (12,5%) dos municípios ofertaram portal do paciente ou ferramenta similar. Portanto, concluiu-se que os municípios paraibanos analisados possuíam favoráveis condições tecnológicas e demonstraram rápida adaptação ao uso de TICS por ocasião da pandemia da COVID-19, assegurando a manutenção de atendimento para os usuários. Entretanto, a variedade de tecnologias empregadas necessita de melhoramento no estado, bem como o alcance integral das eSF às ferramentas tecnológicas, de forma a garantir distribuição equitativa e acessível aos usuários de saúde. Percebeu-se, da mesma forma, pouca divulgação do uso das TICs pelos municípios analisados. |
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