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No Brasil, o órgão responsável pelo calendário vacinal e aferição de seu cumprimento é o Ministério da Saúde, via Programa Nacional de Imunizações (PNI), que coordena as ações de imunização, monitora os imunobiológicos e seus efeitos na população, visando reduzir a morbimortalidade decorrente das doenças imunopreveníveis, contempladas pelo calendário vacinal das crianças, adolescentes, gestantes, adultos e idosos. Ressalta-se a situação de vulnerabilidade das pessoas com deficiência em relação à complicações por doenças imunoprviniveis, necessitando então que o acesso ao serviço seja garantido. Desse modo, o objetivo desse estudo é investigar as situações sociodemografica e imunológicas de pessoas com e sem deficiência, assim como as percepções sobre vacinas para adultos e as doenças imunopreveníveis nesses grupos, em uma Unidade Básica de Saúde do Distrito Sanitário I do município de Campina Grande-PB. Trata-se de um estudo descritivo, transversal com abordagem quantitativa, realizado de abril a junho de 2022. Na Unidade Básica de Saúde Horacina de Almeida. Foram compostas as amostras censitárias, 1) 20 pessoascom o intuito de comparar os grupos com equivalência de números. com deficiência física; 2) 20 pessoas sem deficiênciaForam incluídas pessoas adultas de 18 a 59 anos, adscritas no território. Foram excluídas pessoas com deficiência física causada por doenças genéticas e/ou autoimunes. Para a amostra de pessoas sem deficiência, os critérios foram os mesmos, exceto pela presença de deficiência física previamente diagnosticada. Para a coleta de dados, aplicou-se um formulário com perguntas abertas, contendo as informações sociodemográficas: dados sobre as condições físicas, constituição familiar, informações sobre diagnóstico de doença imunoprevenível, independência para atividade física, e atividade social, bem como informações sobre imunizações, tais como: verificação sobre imunológicos recebido, conhecimento sobre vacinas para adultos, adesão a campanhas de vacinação e conhecimento sobre doenças imunopreveníveis. Os dados foram processados no Excel e analisados, mediante estatística Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), descritiva (medidas de tendência central e dispersão) e tratados no software estatístico o versão 21.0. Os resultados foram apresentados em tabelas. Foi verificado que 75,0% (n=30) eram do sexo masculino, a média de idade foi de 48,5 anos, 50,0% (n=10) tinham ensino médio, 40,0% (n=8) eram solteiros, 45,0% (n=9) moravam com cônjuge e filhos, e 35,0% (n=7) afirmaram encontrar os amigos frequentemente e pouco, respectivamente. Identificou-se que das pessoas com deficiência, 95,0% (n=19) tinham mais de dois anos de lesão e que 55 % (n=11%) possuía independência para atividades de vida diária. No que tange as informações sobre imunização, no grupo de pessoas com deficiência 65,0% (n=13) foram imunizados durante a infância enquanto das pessoas sem deficiência, 75,0% (n=15) foram imunizadas. Com isso, se faz necessária medidas de intervenção por parte dos profissionais favorecendo o conhecimento e adesão da população adulta a respeito de imunização. Diante deste estudo, sugere-se novas pesquisas com uma maior amostra para identificar a adesão á vacinação, motivos e barreiras para a não vacinação nos dois grupos. Sendo assim, se faz necessária medidas de intervenção por parte dos profissionais da atenção primaria a saúde junto aos profissionais da vigilância em saúde e os Programas de Imunização, especialmente da enfermagem para estabelecer estratégias e planos de ação favorecendo o conhecimento e adesão da população adulta a respeito de imunização, atentando para a equidade na atenção ás pessoas come sem deficiência física. |
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