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Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) na população idosa da Região Nordeste do Brasil, no período que decorre entre os anos de 2017 a 2021. Metodologia: Trata-se de um estudo documental e epidemiológico, de natureza observacional, descritivo, com abordagem quantitativa. Nessa perspectiva, utilizou-se os dados de domínio público do Sistema Nacional de Agravos e Notificações e do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), do Ministério da Saúde. Dessa forma, a pesquisa foi realizada em três fases: coleta; processamento; e análise dos dados. Resultados e discussão: Os dados analisados revelaram que entre os anos de 2017 e 2021, a Região Nordeste do Brasil notificou 43.322 casos de AIDS, sendo 2.516 em indivíduos idosos, equivalente a um percentual de 5,81%. Ao explorar esses dados, ficou evidenciado que o perfil epidemiológico é caracterizado sobretudo por pessoas idosas do grupo etário de 60 a 69 anos, do sexo masculino, heterossexuais, da cor parda e com baixa escolaridade. Ainda, foi observado que os Estados da Bahia, Pernambuco e Maranhão foram os responsáveis, respectivamente, por apresentarem os maiores quantitativos de notificações no período analisado. Conclusão: Fica notório que a epidemia da AIDS está presente em diferentes grupos sociais, tendo a população idosa características vulneráveis para a infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e desenvolvimento da síndrome, uma vez que se observa que a assistência acerca da sexualidade e das infecções sexualmente transmissíveis nesse grupo populacional, ainda é muito negligenciada. Sendo assim, considera-se o desenvolvimento de políticas públicas com foco na saúde sexual da pessoa idosa como fundamental estratégia no controle dessa epidemia. |
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