Associação entre anticoncepcionais orais e infarto agudo do miocárdio: Uma revisão integrativa da literatura

Abstract

Anticoncepção se caracteriza pelo uso de métodos e técnicas que tem por finalidade impedir gravidez e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Os métodos contraceptivos podem ser classificados em irreversíveis e reversíveis e, inseridos nessa gama tem-se os métodos hormonais, sendo os mais utilizados até os dias hodiernos. Infarto Agudo do Miocárdio é conceituado como a necrose de uma região do músculo cardíaco, associado à obstrução de uma artéria coronária, que interrompe o fluxo sanguíneo para determinada área. Ainda, esse pode estar associado ao tabagismo, colesterol, Hipertensão Arterial Sistêmica, Diabetes Mellitus e estresse. O presente estudo teve como objetivo identificar na literatura a associação entre o uso de Anticoncepcionais Orais e o risco de Infarto Agudo do Miocárdio em mulheres. Se caracteriza como uma revisão integrativa da literatura, realizada no mês de março de 2023, nas bases de dados virtuais Biblioteca Virtual da Saúde e Medical Literature Analysis and Retrieval System Online, utilizado os descritores “Anticoncepcionais” e “Infarto do miocárdio” na primeira e “Contraceptive Agents” e “Myocardial Infarction” na MEDLINE/PUBMED, selecionados pelos Descritores DeCS e MeSH, sendo relacionados com o operador booleano AND em ambas as bases de dados. Foram encontrados 1.796 artigos, aos quais após aplicação dos filtros relacionados ao tempo de publicação, idioma e assunto correspondente à temática proposta, restaram 245 artigos. Desses, após a análise do título foram excluídos 210 artigos, restando 35 artigos para a leitura na íntegra, sendo incluídos neste trabalho 14 artigos. Diante do exposto, percebe-se que estudos mostram a associação dos anticoncepcionais orais e o infarto agudo do miocárdio, para tanto, visando a redução desses eventos, ao longo dos anos houve a diminuição dos componentes hormonais nas pílulas. Além disso, o uso de tais medicações pode estar associada a outras patologias, como problemas cerebrovasculares e vasculares periféricos. Desse modo, se faz importante o acompanhamento prévio, a escolha do método adequado para cada paciente, bem como a constante atualização dos profissionais que prestam tal assistência, objetivando a diminuição ou a completa ausência de eventos trombóticos.