Resumo:
Com o fim da Segunda Guerra Mundial e o início da Guerra Fria, os Estados Unidos passaram a ocupar uma posição de destaque no Sistema Internacional. Após o fim da Guerra Fria, da bipolaridade e do término desse conflito ideológico, muitos estudos emergiram buscando entender como se deu a formação do poderio norte-americano. As perspectivas foram inseridas nos grandes debates das Relações Internacionais e muitos teóricos passaram a elaborar teses acerca da hegemonia dos Estados Unidos. O propósito central deste trabalho é analisar duas posições antagônicas a respeito da trajetória da posição estadunidense no mundo após os ataques de 11 de setembro de 2001. Para tanto, fez-se um apanhado histórico sobre a origem do poderio norte-americano e discutiu-se o surgimento da teoria da estabilidade hegemônica. Em seguida, realizou-se um panorama dos principais acontecimentos que permearam as décadas pós-Segunda Guerra, enfatizando principalmente os anos 1990, já que foram precedentes nas grandes transformações ocorridas a partir do século XXI. Por fim, atentou-se para o debate entre as percepções teóricas da hegemonia e do declínio estadunidense. As duas posições foram representadas por José Luis Fiori e Maria da Conceição, que defendem a permanência incontestável da liderança estadunidense, em contraponto à posição defendida por David Harvey, Giovanni Arrighi, Eric Hobsbawm e Immanuel Wallerstein, que defendem a tese da decadência dessa liderança. Esse estudo conclui sustentando que apesar de haver um declínio relativo da posição dos EUA como líderes mundiais, a sua posição de hegemon ainda não está em perigo.
Descrição:
AQUINO, Maria das Graças Almeida de. O paradoxo do poder dos Estados Unidos após o 11 de setembro de 2001. 2011. 45f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Relações Internacionais)- Universidade Estadual da Paraíba, João Pessoa, 2011.