Análise da arborização urbana da cidade de Fagundes (PB): um estudo com Ficus benjamina L

Abstract

A cobertura arbórea é um importante elemento para qualidade de vida, de modo que na zona urbana ela favorece a diminuição da temperatura, aumento da umidade, abrigo para animais além de contribuir com o paisagismo. Apesar disso, poucas cidades brasileiras possuem planejamento efetivo para arborização de suas ruas o que contribui para o aumento de problemas fitossanitários. Entre as espécies frequentemente utilizadas no paisagismo e na arborização das áreas urbanas do Brasil, destaca-se a do gênero Ficus. O principal objetivo desse trabalho foi fazer um levantamento quanti-qualitativo da espécie Ficus benjamina L. árvore exótica que se destacou em relação as demais espécies encontradas nas ruas analisadas. Dos 80 espécimes observadas 73,75% foi de Ficus benjamina L. mostrando uma grande prevalência dessa espécie em relação as demais. As demais foram: Jambovermelho (Syzygium malaccense L.), Pau-brasil (Paubrasilia echinata Lam.), Carolina (Adenanthera pavonina L.) Canafistula (Peltophorum dubium (Spreng.) Taub.), Algaroba (Prosopis juliflora (Sw.) DC), Neem (Azadirachta indica A.Juss.) Amendoira (Prunus dulcis (Mill.) D.A.Webb), Jasmim-laranja (Murraya paniculata (L.) Jack). Do total de árvores registradas apenas três indivíduos (3,75%) foram de espécies nativas que são reconhecidamente mais indicadas para ser usadas em arborização, e no entanto há um claro domínio de espécies exóticas nas vias analisadas. Sobre as condições fitossanitárias encontradas nas árvores de Ficus benjamina L. constatou-se que, 93,23% dos exemplares apresentavam bom estado de conservação, 3,39% estavam em condições regulares e 3,39% em estado ruim. Verificou-se, ainda, que estas árvores estão plantadas nas calçadas - 66,11%, 33,90% provocam danos nas vias, e 76,27 % apresentavam conflito com a fiação elétrica. As espécies exóticas tendem a causar graves impactos ecológicos devido a altas taxas de crescimento, reprodução e dispersão, o que permite a dominância dessas espécies nos ambientes invadidos, uma vez que quando bem adaptadas ao ambiente, estas espécies causam a diminuiçao da riqueza e da diversidade da flora autóctone.