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Ao longo da história, de diferentes modos, a civilização confronta-se com existências que revelam os limites normativos dos ideais culturais. Neste contexto, os recursos de compreensão sobre as transgressões subjetivas e o sofrimento psíquico passam por constantes transformações. Dessa forma, este artigo visa apresentar conteúdos relacionados aos deslocamentos nos meios de compreender e intervir sobre o sofrimento psíquico. A pesquisa, de caráter exploratório, foi realizada através do procedimento metodológico da revisão bibliográfica, a partir da observação de algumas transformações inauguradas pelo domínio do discurso médico sobre a loucura, abordando questões associadas ao processo de construção da noção de doença mental, até o alcance, por fim, do movimento contemporâneo de promoção da saúde enquanto gestão cosmética das performances cotidianas. O artigo apresenta, portanto, algumas reflexões sobre como as experiências de sofrimento parecem intoleráveis num cenário de investimento no bem-estar, na felicidade e na produtividade como ideais de saúde e aperfeiçoamento da existência, e que provocam, por vezes, um empobrecimento da aposta no que é próprio ao sujeito e suas construções singulares. |
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