Parâmetros fisiológicos de diferentes variedades de algodoeiro colorido (Gossypium hirsutum L.) em função de doses de biofertilizante

Abstract

O cultivo de algodão de fibra colorida vem ganhando espaço no mercado, com destaque na região Nordeste do Brasil. O estado da Paraíba, que durante muito tempo foi destaque na cotonicultura volta novamente a se destacar no mercado nacional, estando entre o mairoes produtores de algodão colorido, sendo impulsionado pela agricultura familiar, tanto em manejo orgânico quanto convencional. Portanto, objetivou-se, com a presente pesquisa, estudar os efeitos da aplicação de doses de biofertilizante na fisiologia de genótipos de algodão em condições semiáridas do município de Catolé do Rocha-PB. A pesquisa foi conduzida no CCHA da UEPB, Campus-IV, Catolé do Rocha/PB. O delineamento experimental adotado na pesquisa foi o de blocos casualizados, com 25 tratamentos, no esquema fatorial 5x5 (biofertilizante x genótipos), com quatro repetições, totalizando 100 parcelas experimentais, com 3 plantas/parcela, perfazendo 300 plantas experimentais. Foram estudados os efeitos de de 5 doses de biofertilizante (D1= 0; D2 = 200; D3 = 400; D4 = 600 e D5 = 800 mL/20 litros de água) 5 genótipos (V1 = CNPA BA 2011 49-70 FL; V2 = BRS Rubi; V3 = BRS Verde; V4 = CNPA 2012-17-2 (28A) e V5 = BRS Jade) na fisiologia do algodoeiro herbáceo. O semeio foi feito por plantio direto, no espaçamento de 1,00 m entre linhas e 7 plantas por metro. As variáveis analisadas foram: fotossíntese líquida (FL), eficiência intrínseca no uso da água (EIUA), eficiência do uso da água (EUA), transpiração (T), concentração interna de CO2 (Ci), concentração de CO2 na célula de referência (CCR), condutância estomática na folha (CEF) e temperatura da folha (TF). As diferentes doses de biofertilizante influenciam positivamente a fisiologia das variedades de algodão na faixa 200 e 400 mL/20 L de água. Os maiores valores dos parâmetros fisiológicos de algodoeiro herbáceo foram encontrados nas variedades “Branco” e “Diamante”, seguidos de “Jade”, “Verde” e “Rubi”. O uso de biofertilizante de esterco bovino enriquecido aplicado quinzenalmente acima dos limites ótimos proporciona efeito negativo no metabolismo fisiologico das variedades de algodão. A aplicação de biofertilizante líquido em dosagens adequadas acarreta em plantas bem desenvolvidas fisiologicamente, podendo, desta forma, ser recomendado na fertilização orgânica do algodão.