Resumo:
O presente artigo volta-se para a investigação dos signos que operam a partir das relações de semelhança entre o cartaz do filme Matou a família e foi ao cinema (1969), dirigido por Júlio Bressane, e os documentos de acusação utilizados durante a ditadura civil-militar brasileira, observando novas possibilidades interpretativas para a obra e para esse momento histórico. Esse estreitamento entre objeto e representação possui peculiaridades delimitadas que se revelavam a partir dos limites da relação de iconicidade. Nela, como vai apontar Peirce (2005), ambos compartilham um certo grau de semelhança. Me interesso, então, em esclarecer os limites desse fenômeno comunicativo, tendo em vista a distinção utilitária de ambos, elucidando essa questão através da conceituação das características da imagem e a forma como ela atua enquanto uma possibilidade narrativa comovente, que aponta para os esquecimentos políticos propositais acerca do período supracitado.
Descrição:
NASCIMENTO, Matheus Macedo do. Iconicidade funesta: análise do cartaz do filme Matou a família e foi ao cinema como uma possibilidade de memória da Ditadura Civil-Militar brasileira. 2023. 19f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura Plena em História) - Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 2023.