Vacina contra o HPV: conhecimentos, atitudes e práticas de adolescentes

Abstract

Objetivo: Analisar os conhecimentos, atitudes e práticas entre os adolescentes relacionados à vacina contra o papilomavírus humano (HPV). Buscou, também, identificar os entraves que intensificam a não adesão às campanhas de vacinação. Método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, na qual a questão norteadora foi construída com base na estratégia PICo em que o P se refere aos adolescentes, I aos conhecimentos, atitudes e práticas e o Co a vacinação. Salienta-se que a categorização e análise dos dados foi feita com base no inquérito CAP, distribuindo a discussão em Conhecimento, Atitude e Prática. A estratégia de busca baseou-se nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e Medical Subject Headings (MeSH) nas línguas portuguesa e inglesa: “Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde”, “Adolescente”, “Papillomavirus Humano”, “Health Knowledge, Attitudes, Practice”, “Adolescent” e “Human Papillomavirus Viruses” combinados em si com o operador booleano AND. A busca bibliográfica foi realizada em março de 2023 e revelou um quantitativo de 1.576 artigos, no entanto após empregados os seguintes critérios de inclusão: estudos primários relacionados à temática encontrados nos idiomas português, inglês e espanhol com delimitação temporal dos últimos cinco anos. Bem como os critérios de exclusão: artigos duplicados, dissertação, tese, livro ou capítulo de livro, anais de eventos, editorial, ou outro estudo que se configure como literatura cinzenta, assim como as revisões da literatura. A amostra findou-se sendo composta um por um total de 15 artigos. Resultados: Os estudos ressaltam de forma predominante o baixo conhecimento dos adolescentes acerca da temática, visto que grande parte dos entrevistados dos estudos não demonstraram instrução suficiente sobre a transmissão, prevenção, sintomatologia e as consequências do HPV. Apesar da insuficiência no grau de conhecimento, demonstra-se uma atitude positiva relacionada à vacina e anseiam por mais informações que de acordo com 100% dos artigos devem ser oriundas de campanhas e intervenções educativas. Conclusão: Evidencia-se que as políticas em saúde devem abranger ambos os gêneros e seus respectivos responsáveis, além de integrar os professores e profissionais da saúde. A criação de vínculos e a discussão precoce sobre a temática faz com que ambos os grupos se sintam mais seguros do conhecimento adquirido e consecutivamente tomem uma decisão favorável sobre a vacina, promovendo a implementação bem-sucedida do programa de vacinação.