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A presente pesquisa tem por objetivo central analisar a obra Memorial de Maria Moura
(1992), de Rachel de Queiroz, priorizando as posições das personagens femininas
Maria Moura e Marialva frente à sociedade do seu tempo. Especificamente, refletir
sobre o significado do ser mulher para a sociedade patriarcal e para as duas
personagens; identificar as relações de poder presente na trama, a fim de
compreender as posturas que as personagens assumem diante desse contexto;
compreender os valores, condutas e comportamentos das personagens para constatar
as diferentes possibilidades de ações e reações delas. A metodologia adotada em
questão define-se como análise do discurso literário, visto que analisa a postura
feminina com relação às imposições da cultura patriarcal. A pesquisa foi realizada com
base em um aporte teórico metodológico de cunho bibliográfico, especificamente
centrado nas concepções de Beauvoir (2016a) (2016b), Bourdieu (2012), Butler
(2018), Galvão (1998) e Silva (2017). Após a pesquisa realizada foi possível inferir que
as personagens, objetos de estudo, apresentam aproximações e distanciamentos
marcantes, e que ambas assumem posturas diversas perante as relações de poder:
Marialva consegue libertar-se da dominação dos irmãos, mas volta a submissão ao
sujeitar-se às vontades do marido. Maria Moura, por sua vez, resiste ao poder,
transgride e inverte os papéis, assumindo uma postura de dominação. |
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