dc.description.abstract |
A língua é viva, dinâmica e dispõe de diversos mecanismos para a renovação e a ampliação do seu léxico, dentre eles a importação de termos estrangeiros e a criação de neologismos. O presente trabalho objetivou analisar o processo de formação de palavras no português brasileiro a partir de empréstimos da língua inglesa, além da sua relação com os propósitos comunicativos dos usuários
da rede social Twitter. Como fonte de embasamento teórico acerca dos conceitos de lexicologia e de neologia, ancorou-se em Biderman (2001), Faraco (2001), Correia e Almeida (2012), entre outros autores. Como procedimento metodológico, utilizou-se a pesquisa qualitativo-quantitativa, sob o viés exploratório. Foram elencados 31 neologismos considerados frequentes derivados de estrangeirismos incorporados à Língua Portuguesa, mediante uma pesquisa prévia na mídia social
Twitter, por meio de ocorrências coletadas em tweets, publicados entre os meses de fevereiro e agosto do ano de 2023. Em seguida, foram feitas as análises dos processos de formação envolvidos na criação destas palavras, evidenciando os propósitos comunicativos subjacentes aos usos desses termos. Constatou-se que houve um "aportuguesamento" dos estrangeirismos selecionados (bait, bug, cringe, crush, flop, hype, ship e tank), dando origem aos empréstimos por meio da mescla de elementos da língua de origem (inglês) e da língua de importação (português),
através de um processo de derivação, na maioria das vezes, do tipo sufixal. Em paralelo, para classificação dos neologismos recorreu-se aos subtipos de empréstimos apresentados por Carvalho (2009), Bloomfield (1961) e Biderman (1978), tendo sido frequente a categoria loanblend/híbrido. Por fim, percebeu-se ainda que esse movimento de criação e importação de novas palavras é mais executado pelo público jovem, que costuma aderi-las como tendências e as tornar próprias do vocabulário dessa faixa-etária. |
pt_BR |