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A presente monografia objetiva analisar a narrativa Amoras (2018), do rapper e escritor Emicida, procurando verificar de que maneira o negro é retratado na obra. O interesse por uma narrativa destinada ao público infantil, surgiu ao cursar a disciplina “Literatura Infantojuvenil”, ofertada pelo Departamento de Letras e Humanidades/CCHA/Campus IV/UEPB, quando tivemos a oportunidade de entrar em contato com a obra de diversos autores que fazem literatura voltada para esse público. Dentre as várias indicações de leitura, a obra de Emicida foi selecionada devido ao interesse em querer trabalhar uma narrativa que tematizasse o negro e que fugisse de um padrão de narrativa que o abordasse ao modo tradicional, ou seja, numa perspectiva em que servir e estar em segundo plano fosse o único lugar que lhe restasse na sociedade. Atendendo a este anseio, vimos na narrativa poética de Emicida, uma possibilidade de leitura que se apresenta como exemplar. Do ponto de vista metodológico, o artigo é de caráter bibliográfico e para nortear nosso estudo, usamos os pressupostos teóricos de autores como, Gancho (2006), para o estudo das narrativas; Cunha (2003), Cademartori (1986) e Turchi (2008), que foram essenciais para discorrer sobre a história da literatura infantil; além de Filho (2004), Gouvêa (2005) e Farias (2018), fundamentais para recuperarmos a participação negra na literatura. O resultado da pesquisa levou a conclusão de que, através de toda orfandade em respeito da participação efetiva do negro na literatura, especificamente, as destinadas as crianças, hoje, podemos observar o surgimento de narrativas em que se evidencia o respeito à cultura negra, seja através da autoidentidade que, por muito tempo, foi lhes tirada, ou pela construção de espaços para diálogos saudáveis e afetivos para o público infantil como vimos na obra aqui analisada. |
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