Resumo:
O presente estudo tem por objetivo explicitar e refletir, diante do trabalho clínico, o que justifica a demanda dos pais pelo acompanhamento psicoterápico infantil. Essa proposta surgiu durante um percurso teórico- vivencial nos serviços oferecidos pela Clínica-Escola de Psicologia da Universidade Estadual da Paraíba – UEPB, a partir dos trabalhos oferecidos como porta de entrada do acompanhamento psicoterápico – o plantão de escuta e a triagem –, pôde-se perceber as queixas de pais que buscavam por atendimentos para seus filhos e mediante essas queixas, nos questionarmos de quem é a demanda por acompanhamento: dos pais ou dos filhos? Os pais que procuram o serviço psicoterápico para seus filhos nos apresentam uma queixa inicial que se remete a um rompimento, um não saber-fazer com os filhos, ao ponto de precisarem de uma ajuda profissional. A demanda dos pais exige que seja estabelecida uma ordem pela via do imaginário, solicita uma saída imediata. Nessa perspectiva, para nortear este trabalho, escolhemos os seguintes desdobramentos: conhecer o conceito de infância através de um levantamento histórico, traçando um estudo sobre o reconhecimento da mesma no âmbito político; abordar a questão da criança na contemporaneidade; e sua relação sintomática com o par parental. É nesse sentido que, pretendemos problematizar a demanda dos pais por um atendimento psicoterápico. Questionamos: qual o lugar possível à criança, em um acompanhamento clínico infantil, frente a essa demanda do par parental?
Descrição:
ALVES, R. A. D. Qual o lugar possível à criança, em um acompanhamento clínico infantil, frente à demanda do par parental?. 2011. 32f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Psicologia). Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2011.