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Este artigo visa um estudo detalhado da obra-prima Fogo Morto (1943), de José Lins do Rego, este romance regionalista apresenta o declínio dos engenhos nordestinos de cana-deaçúcar, traçando um perfil decadente de amplitude e elementos estéticos diante de uma dramatização narrativa envolvendo uma transição mercantilista para uma economia capitalista. Tratando-se da cana-de-açúcar Fogo Morto (1943) apresenta o fechamento dos engenhos e a degradação humana frente à modernização. Sendo assim, esta pesquisa tem como objetivo analisar como a literatura regionalista ocupou um conjunto de práticas culturais durante as primeiras décadas do século XX, a partir do romance de José Lins Do Rego, fornecermos diálogos com alguns teóricos, dentre os quais se destacam Chaguri (2009), Garcia (1989), Schwarz (1992), Damatta (1992) dentre outros. Esta obra é riquíssima em caracterização da sedimentar dos procedimentos artísticos, revelando de forma dinâmica a realidade da atividade açucareira, os personagens são dotados tradicionalmente como tipos representantes de um grupo social que evidencia dramaticamente uma exposição de forte psicologismo, visualizando uma complexidade e ao mesmo tempo uma analogia do declínio sócio-econômico da região, Assim é demonstrado nesse romance uma combinação das esferas social e subjetiva, assumindo assim a superação do didatismo e rigidez, separando a ficção de obras brasileiras dos anos trinta em cenários regionais, ou seja, social-regional e psicológicointimista, encenando sempre formas contundentes do tema de decadência, abrindo então lugar para a modernização e conquistas tecnológicas. Espera-se com esse artigo alcançar a forma como o autor José Lins Do Rego fala sobre as práticas culturais da sociedade açucareira no nordeste para construir sua narrativa. |
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