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A osteoporose é uma patologia osteometabólica de caráter sistêmico e progressivo com etiologia multifatorial que apresenta redução da massa óssea e consequente degradação da microarquitetura, tornando o osso mais frágil e assim, suscetível a fraturas. Isso ocorre com mulheres na pós-menopausa, principalmente, porque os ovários nesta fase ficam inativos, reduzindo a liberação de estrogênio que é um hormônio com ação inibidora dos osteoclastos. Segundo estimativas, a osteoporose afeta cerca de 200 milhões de pessoas no mundo representando, assim, um problema de saúde pública. Dessa forma, tanto na prevenção quanto no tratamento da osteoporose pós-menopausa, a otimização do equilíbrio e da força são essenciais através da prática de exercícios físicos em decorrência de ambas as qualidades físicas estarem relacionadas às quedas. Entretanto, vários estudos ainda divergem em relação às características dos programas de exercício físicos ideais para minimizar os fatores de risco para quedas, assim como uma recuperação significativa da densidade mineral óssea de mulheres com essa patologia. Desse modo, o objetivo deste estudo é analisar quais os exercícios terapêuticos indicados no tratamento da osteoporose em mulheres na pós-menopausa. Para isso foi desenvolvida uma revisão integrativa de literatura através de uma pesquisa documental nas bases de dados PEDro, SciELO, Pubmed e BVS, em setembro de 2023. Para a estratégia de busca foram usados termos localizados no DECs e no MeSH, por meio da estratégia PICO. Foram incluídos estudos do tipo ensaios clínicos randomizados publicados entre 2015 e 2022, nos idiomas inglês, português e espanhol com participantes de 45 anos ou mais que não apresentassem contraindicações para a realização dos protocolos de exercícios. A qualidade metodológica foi verificada através da escala PEDro. Foram identificados um total de 129 artigos, 23 foram selecionados para leitura completa e cinco foram elegíveis para amostra final. Os estudos apresentaram amostras variando entre 29 e 198 participantes, totalizando uma amostra de 429 mulheres. Entre os principais exercícios estão os multiarticulares de alto impacto e exercícios de alto impacto mais Cálcio e vitamina D3, com protocolos de intervenção aplicados nas pesquisas possuíam sessões com variações de 30 a 90 minutos, duas a três vezes na semana, com duração de oito meses a dois anos. Os achados deste estudo sugerem que o exercício terapêutico multiarticular de alto impacto promoveu ganhos significativos de densidade mineral óssea, força muscular, equilíbrio, desempenho físico, estatura e redução da dor. Ademais, os protocolos com esse tipo de exercício se mostraram viáveis e seguros para mulheres com osteoporose pós-menopausa. Identificamos ainda, a escassez de pesquisas com protocolos de intervenção com cerca de 85% de 1RM com exercícios multiarticulares mais bem padronizados como meio de tratamento da população investigada. |
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