Resumo:
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, em 11 de março de 2020, que vivemos uma Pandemia decorrente do COVID-19, tendo em vista que o novo coronavírus apresenta-se como um fenômeno mundial, sendo, pois, um dos maiores desafios sanitários em escala global deste século. Diante do insuficiente conhecimento científico sobre o vírus, sua alta agilidade de disseminação e capacidade de provocar mortes em populações vulneráveis, o isolamento social se configurou como a melhor estratégia a ser utilizada para o enfrentamento da pandemia em diferentes países. Nesse contexto, uma das medidas adotadas foi a suspensão das aulas presenciais e, com efeito, o fechamento das instituições que optaram pelo ensino remoto para o cumprimento do calendário. No entanto, acredita-se que essas medidas de distanciamento e isolamento social, embora necessárias nesse momento, ocasionaram impactos negativos no desenvolvimento dos estudantes, como, por exemplo, prejuízos na aprendizagem da criança e do adolescente, bem como desencadear efeitos psicológicos no que diz respeito ao maior desconforto
emocional e aumento do desenvolvimento de ansiedade e depressão. Diante disso, o presente trabalho visou averiguar os fenômenos relacionados ao ensino remoto decorrente do isolamento social e sua implicação na saúde mental e aprendizagem dos estudantes da educação básica, buscando identificar efeitos psicológicos como o surgimento de quadros depressivos e ansiosos. Para isso, foi realizado um estudo descritivo, de natureza quantitativo-qualitativo por meio da aplicação de instrumentos como o Inventário de Depressão Infantil (CDI), o Inventário Beck de Avaliação da Ansiedade (BAI) e um questionário semiestruturado. A pesquisa foi realizada com uma amostra de 17 estudantes de uma escola pública do município de Santa Luzia do Cariri – PB matriculados do 8º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio. Nesse sentido, os efeitos adversos da pandemia associados à saúde, bem-estar e aprendizagem já podem ser
percebidos, posto que foi observado que houve um aumento nos níveis de ansiedade e depressão e um grave impacto no processo de aprendizagem dos adolescentes, que consideram, em sua maioria, o ensino remoto como uma experiência negativa, sendo desuma importância prosseguir nos estudos da temática a fim de traçar estratégias para que os profissionais consigam compreender os fenômenos ocasionados pela pandemia e tenham amparo teórico metodológico para lidar com tais efeitos.
Descrição:
BRITO, Vitória Feitosa de. O ensino remoto e pandemia: as vivências subjetivas de alunos de ensino fundamental e médio, 2023. 40 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Psicologia) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2023.