Impacto dos hábitos bucais deletérios e condições sociodemográficas nas emoções parentais de famílias de crianças e adolescentes com e sem TEA

Abstract

Objetivou-se, com este estudo, avaliar o impacto dos hábitos bucais deletérios e condições sociodemográficas nas emoções dos pais/responsáveis de crianças e adolescentes com e sem o Transtorno do espectro autista (TEA). Tratou-se de um estudo observacional, transversal e de caráter comparativo, sendo amostra constituída por dois grupos de indivíduos, um com TEA e o outro sem o diagnóstico, entre seis e 14 anos de idade e seus respectivos pais/cuidadores atendidos no Centro Especializado em Reabilitação (CER) e nos setores de odontologia da UEPB e FIP-CG, todos localizados no município de Campina Grande-PB. Como instrumentos de coleta de dados foram utilizados três instrumentos de pesquisa: o FIS (Family Impact Scale), um questionário de hábitos bucais e outro referente a informações sociodemográficas. Foi adotado um nível de significância de 5% (α = 0,05) para a avaliação da significância estatística dos resultados. Todas as análises estatísticas foram conduzidas por meio do software Statistical Package for Social Sciences (SPSS). Os resultados obtidos em relação ao responsável pela escovação dental das crianças e adolescentes demonstraram-se significativos (p = 0,001), sendo os indivíduos com TEA mais dependentes do auxílio dos pais/responsáveis para executar essa atividade. Além disso, os hábitos de uso de chupeta (p < 0,001), ranger de dentes (p < 0,001) e apertamento dentário (p < 0,001) foram mais relacionados ao grupo com TEA. Os itens Preocupação com oportunidades futuras dos filhos e Desconforto familiar com os filhos em locais públicos foram os que mais diferiram entre os grupos, com escores maiores para o grupo TEA (p = 0,001). Portanto, pais e responsáveis do grupo com TEA foram mais impactados pelas condições estudadas.