Resumo:
Essa pesquisa objetivou verificar as percepções da adultez emergente de jovens-adultos do nordeste brasileiro e como essas percepções estão associadas aos indicadores de saúde mental, especificamente à ansiedade, à depressão, ao estresse e à frequência de ideação suicida. Participaram 111 adultos emergentes, com idades entre 18 e 29 anos (M = 22,36; DP = 2,91). A amostra foi predominantemente do sexo feminino (64,9%), heterossexuais (85,6%), e autodeclarados pardos (49,5%). Estes participantes responderam a um Questionário sociodemográfico, ao Inventário de Dimensões da Adultez Emergente (IDEA), ao Inventário de Frequência de Ideação Suicida (FSII-Br) e à Depression, Anxiety and Stress Scale – Short Form (DASS-21). Os dados coletados foram processados por meio do software IBM SPSS® Statistics, versão 21. Verificou-se que que não há diferenças nas percepções da adultez emergente em função do sexo, da situação empregatícia e em razão da situação de moradia dos participantes para nenhuma das dimensões da IDEA. Em relação ao status de relacionamento, as análises evidenciaram que existem diferenças estatisticamente significativas para a dimensão negatividade/instabilidade. Observou-se que, a dimensão “Exploração da Identidade” e a dimensão “Sentir-se no meio/Ambivalência” estão positivamente associadas às subescalas de ansiedade e estresse da DASS-21. Além disso, a dimensão “Negatividade/Instabilidade” se associou positivamente ao estresse, à ansiedade, a depressão e a frequência de ideação suicida. Sugere-se, a realização de novos estudos que aprofundem cada vez mais a vivência desse público e as implicações dessas percepções na saúde mental dos jovens adultos.
Descrição:
LIRA. Ana Caroline da Silva. Associações entre as percepções de adultez emergente e os indicadores de saúde mental em jovens do nordeste brasileiro. 2023. 25 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Psicologia) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2023.