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O presente trabalho consiste em uma analise sobre as características comportamentais
feminina durante as décadas de 1920 e 1930 observadas na cidade de Campina Grande –
PB. Um dos pontos principais da pesquisa é compreender como essas mulheres, em
meio ao contexto de regras e normas moralizadoras bastante rígidas, manifestavam
algumas formas de resistência de forma clara ou mesmo de forma velada. A fim de
facilitar a compreensão do tema, foi preciso historicizar, tecendo algumas considerações
sobre as características da sociedade em analise (Campina Grande) mais relevantes
para o nosso tema. Assim, buscamos as “raízes” da forma como o feminino era pensado
no século XX, e identificamos que esse pensamento teve origem ainda no século XVIII
e XIX, onde principalmente o advento da pós-revolução francesa, trouxe transformações
sociais, políticas e econômicas, que possibilitou essa intensa valorização de papeis
determinados e destinados para homens e mulheres dentro da sociedade. Entendendo
Todos esses elementos, cujo comportamento parto do principio de que a sociedade
Campinense no inicio do século XX sofrendo tais influencias, manifesta características
comportamentais dentro dessa configuração. Concluída essa primeira parte da analise,
partirmos para a análise das fontes documentais escolhidas, e que nos mostra alem das
características ate aqui descritas pertinentes aos nossos recortes temporais e locais, mas
principalmente nos leva a entender as formas de resistência observadas e identificadas
como formas de resistência feminina. As primeiras fontes utilizadas são processos
criminais, obtidos no Fórum Afonso campos, desta cidade, onde constam acusações de
casos de crimes de sedução (raptos consentidos e defloramentos) ocorridos na década de
1920. A segunda fonte utilizada foi os depoimentos obtidos em entrevista com
testemunha de um processo de desquite na década de 1930. Os principais referencias
bibliográficos utilizados, foram Michel de Certeau com a idéias de táticas, estratégias e
resistência. Mary Del Priori com a historiografia sobre as mulheres principalmente no
Brasil e Michele Perrot com historia das mulheres de forma mais geral. Keilla Grinberg
sobre o trabalho com processos crimes e Jose ‘Assunção Barros com teoria da história.
Por fim, são tecidas as considerações finais onde constam as impressões e hipóteses que
formulamos após analisar o material obtido, cruzando os mesmos com as fontes teóricas
que nos auxiliam na elaboração das idéias que foram debatidas. |
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