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Existem fatores que podem interferir na evolução de uma gravidez, ocasionando intercorrências que ameaçam a vida da mãe e do bebê, caracterizando uma gestação como de alto risco. Devido aos riscos clínicos e as inúmeras transformações biopsicossociais, permeadas pelo processo de internação, o gestar pode se tornar um período ansiogênico, urgindo a necessidade de suporte psicológico e cuidados atentos. Tendo em vista a importância das intervenções psicológicas no contexto da gestação de alto-risco, onde se descortina a necessidade de um espaço de acolhimento e humanização, esse artigo tem como objetivo relatar uma experiência de estágio em Psicologia no setor de alto-risco de uma maternidade pública do interior da Paraíba. Ao longo dos oito meses de estágio, as principais demandas postuladas estavam relacionadas à ansiedade, depressão, problemas conjugais, a falta de apoio do cônjuge/progenitor, bem como ao próprio processo de internação, que as afastava da dinâmica familiar e as lançava frente ao isolamento. Diante dessa necessidade, foram realizados, semanalmente, atendimentos individuais nos leitos do setor, a partir da proposta da Psicoterapia Breve de Apoio e da utilização de técnicas de mediação de comunicação entre os profissionais do hospital, as mulheres e suas famílias; psicoeducação e garantia de direitos. Para fins de relato e discussão foram selecionados três casos de gestantes em processo de internação de risco. Espera-se que as ações descritas no presente trabalho possam fortalecer a discussão sobre as possibilidades de atuação da Psicologia no ciclo gravídico-puerperal de risco, na assistência de alta complexidade do Sistema Único de Saúde. |
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