Resumo:
A história paraibana retrata um dos maiores e mais conhecidos movimentos sociais que
aconteceu no Norte do Brasil durante a década de 1870, o então Quebra-Quilos. Este mesmo
movimento vai expressar em linhas gerais o desgaste de um povo, que já não suportava os
mandatos de um governo Imperial, pois durante este período as taxas de impostos que serão
cobradas da população atingirão um nível exorbitante, em cima da crise econômica e política
que o norte brasileiro passava, além de ser acompanhada pelo novo mandato do governo que
impunha o novo sistema métrico brasileiro de pesos e medidas para os trabalhadores
feirantes. Porém diante deste mesmo movimento que tem por seu inicio o então povoado de
Fagundes pertencente a Campina Grande e se espalha até as províncias imperiais de
Pernambuco, Alagoas e Rio grande do Norte, alguns dos que estão dentre as massas
populares, possuem em meio aos conflitos outros objetivos, em exemplo Manoel de Barros,
mas conhecido como Neco de Barros. Este colocado na história oficial paraibana como um
cangaceiro, líder de um grupo participante do Quebra-Quilos, que no dia 23 de Novembro do
ano de 1874, arromba a cadeia pública da cidade de Campina Grande e liberta todos os
presos ali presentes. Mas através da pesquisa, estudo e análise de fontes bibliográficas,
documentais e orais, acompanhadas também pela teoria da história social de Thompson,
mostraremos neste artigo a real intenção do então popular Neco de Barros, que tem como
objetivo principal participar do movimento não para reivindicar o direito dos feirantes contra
os impostos e o novo sistema métrico, mas sim libertar o seu pai da prisão, que paga por um
crime de assassinato que o filho Neco cometeu.
Descrição:
Barros, F. S. A participação de Manoel de Barros no contexto do movimento
Quebra-Quilos. 2012. 26f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em História)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2012.