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No Brasil as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) são responsáveis por 54,7% das mortes registradas em 2019. A elevada carga dessas doenças se apresenta como resultado do crescimento exponencial dos principais fatores de risco e da transição demográfica que o país vem passando, resultando em consequências devastadoras para os indivíduos, famílias e comunidades, e sobrecarregando o Sistema Único de Saúde (SUS). Nesse contexto, a Atenção Primária à Saúde (APS) tem se apresentado como importante estratégia de produção de cuidado integral e continuado que se desenvolve por meio da Estratégia de Saúde da Família (ESF). Entre os profissionais da equipe de Saúde da Família (eSF) o Enfermeiro tem se revelado essencial para a expansão e consolidação desse modelo de atenção, seja pela realização de práticas de educação, promoção e/ou prevenção indispensáveis para o cuidado com o doente crônico. Objetivou-se identificar os principais desafios da atuação do enfermeiro no enfrentamento as doenças crônicas na atenção primária. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem quanti-qualitativa, realizado nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Distrito Sanitário I, no município de Campina Grande, Paraíba entre os meses de março de 2021 a agosto de 2022. Utilizou-se de entrevista semiestruturada, no qual participaram n=12 Enfermeiros, todos pertencentes ao sexo feminino, com idades de 28 a 67 anos. Entre as ações de enfrentamento das doenças crônicas realizadas pelos enfermeiros se destacam a consulta de enfermagem, o atendimento coletivo e a consulta domiciliar como sendo estratégias amplamente utilizadas por estes profissionais. Sabe-se que os desafios para o cuidado das pessoas com doenças crônicas no Brasil nesse nível de atenção ainda são expressivos e implicam diretamente na atuação do Enfermeiro, que citaram problemas relacionados à estrutura física, escassez de recursos materiais, baixa adesão dos usuários ao serviço, retomada das atividades no pós-pandemia, a implementação do programa Saúde de Verdade e os determinantes sociais de saúde. Logo, a junção desses fatores configura risco elevado para o crescimento e agravamento das DCNT na população referida. Nesse contexto, o enfermeiro representa a peça chave no enfrentamento dessas condições junto à comunidade, por ser o profissional que conhece de perto as demandas e necessidades da população, além de, estabelecer vínculos, imprescindíveis para a continuidade do cuidado. |
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