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Entende-se como violência obstétrica toda ação direcionada à mulher durante o ciclo gravídicopuerperal
que cause dor, dano ou sofrimento desnecessário, realizada sem a sua permissão
informada, em qualquer nível de assistência. Entre os fatores que a viabilizam está a falta de
conhecimento e preparo adequado da paciente que a torna vulnerável. A educação em saúde
traz, portanto, a desmistificação do suplício do ato de parir, abrindo possibilidades de
autonomia, da postura ativa, participativa, consciente e segura, sendo capaz de evitar ou
contrapor-se a atitudes violentas. O presente estudo tem como objetivo identificar na produção
científica, as implicações da educação em saúde na prevenção da violência obstétrica. Trata-se
de uma revisão integrativa da literatura com fins de identificar, analisar e sintetizar resultados
independentes sobre o mesmo assunto, proporcionando assim, uma compreensão ampla e
completa da temática. Procedeu-se à busca dos artigos, entre os meses de julho a agosto de
2023, utilizando-se como fonte de busca a Biblioteca virtual em saúde e as bases Scientific
Electronic Library Online, e PUBMED, com os seguintes descritores: “Educação em saúde”,
“Violência Obstétrica” e “Humanização do parto”. Foram adotados os seguintes critérios de
inclusão para a seleção dos artigos: artigos na íntegra, disponíveis online, publicados nos
idiomas português, inglês ou espanhol, que abordem a temática da educação em saúde para
prevenção da violência obstétrica, entre os anos de 2019 a 2023. Foram excluídos estudos que
não atendessem a questão norteadora e aos critérios de inclusão mencionados, além de artigos
que não demonstram adequadamente o referencial teórico e metodológico e/ou rigor científico
e ético. Após a busca minuciosa, 11 artigos foram escolhidos, e suas informações organizadas
em um instrumento de coleta de dados, contendo: título do artigo, autores, ano de publicação,
base de dados, objetivo do trabalho. Após a leitura dos estudos, surgiram as seguintes categorias
temáticas: Educação em saúde para os profissionais, Educação em saúde para as gestantes e
Educação em saúde, autonomia, empoderamento e violência obstétrica. A partir da síntese dos
achados obtém-se que a orientação educacional acerca da violência obstétrica tem o poder de
provocar mudanças na forma de experimentar o processo de parto e no atual modelo obstétrico.
Portanto, conclui-se que a educação continuada, a prática baseada em evidências e a educação
em saúde na atenção básica constituem as principais vias constatadas eficazes para se alcançar
uma assistência de qualidade, humanizada e livre de violência obstétrica. |
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