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As briófitas são o segundo maior grupo vegetal em diversidade, e muito importantes do ponto de vista ecológico, uma vez que apresentam espécies com alto potencial bioindicador. Atualmente, estão registradas 189 espécies de briófitas na Paraíba, contabilizando cerca de 12% da brioflora brasileira. Neste trabalho, objetivou-se realizar um levantamento brioflorístico no fragmento de Floresta Atlântica “Mata do Buraquinho”, utilizando como área de estudo o Jardim Botânico Benjamin Maranhão (JBBM) localizado em João Pessoa – Paraíba, levando em consideração seu caráter bioindicador para compreensão do estado de conservação da área. Para tal, utilizou-se o método de varredura com esforço amostral em cinco trilhas do JBBM, abrangendo os períodos de chuva e seca nos meses de março e junho, observando-se todos os possíveis substratos de ocorrência. Foram identificadas 29 espécies de briófitas, sendo 11 hepáticas e 18 musgos, distribuídos em 11 famílias e 22 gêneros. Importante ressaltar a presença de oito novos registros para a Paraíba. Entre as hepáticas, a família Lejeuneaceae apresentou maior riqueza específica e entre os musgos, Fissidentaceae e Sematophyllaceae, sendo esta última família, também, a mais frequente. A riqueza e composição florística mostraram elementos comuns de áreas de Floresta Atlântica, com predominância de espécies generalistas (66%) e um número significativo de espécies umbrófilas (31%), que apresentaram estruturas adaptativas para permanência local. Grande parte das espécies tinham o hábito corticícola, no qual o tronco vivo se mostrou o substrato mais frequente, seguido do tronco em decomposição. A forma de vida predominante foi do tipo trama, sendo esses os elementos indicadores utilizados para compreender o estado de conservação de áreas. Observou-se que a composição da comunidade de briófitas está de acordo com o que é encontrado em fragmentos florestais tropicais, a exemplo da predominância de espécies com forma de vida tipo trama, presença significativa de briófitas epífitas, e presença de espécies umbrófilas. O JBBM apresenta uma brioflora relativamente rica, com elementos típicos de ambientes preservados e grande potencial para a riqueza local, evidenciando a necessidade de novos estudos na área. |
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