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A migração é um processo em realização e se insere em um desenrolar ininterrupto
no desenvolvimento da sociedade. Antes do estabelecimento da divisão do trabalho,
as migrações ocorriam em função do quadro natural de cada lugar, contudo, após a
homem tornar-se ser social, e sobretudo sob o regime vigente, migrar é um fato e uma
resposta à lógica da acumulação e das disparidades territoriais do desenvolvimento
desigual, este é um dos pressupostos deste artigo. No caso brasileiro, dada a
urbanização de caráter tardio, os maiores fluxos migratórios ocorreram entre as
décadas de 1940 e 1980 e, ocorreu em função da industrialização. Hoje, a migração
brasileira é permeada também por outros condicionantes que se juntam ao fator
econômico. O estudo que propomos aqui é a construção de uma reflexão sobre a
migração entre uma pequena cidade paraibana – município de Damião – e o Sudeste,
nesta última década, tendo como horizonte entender questões como as motivações
para migração, a condição econômica destes migrantes, e, a condição espacial que
encontram ao chegar ao novo lugar. Do ponto de vista do método nos fundamentamos
numa perspectiva dialética e, em termos de empiria, realizamos questionários online
com um grupo de 18 indivíduos que migraram a partir de 2010. Os resultados
encontrados demonstraram que a condição econômica é ainda a força motriz do
processo, porém, a escolha do local de migração depende de uma rede de apoio já
consolidada, esta rede é, aliás, uma nova feição da migração do período atual. |
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