Resumo:
Pensar o absurdo como inerente à existência bem como o reconhecimento da Vontade como coisa em-si, nos permite melhor compreender a dureza de estarmos situados num mundo efervescente de uma metafísica ateleológica. O presente artigo objetiva incitar a reflexão acerca do absurdo que a Vontade inflama e atentar para a clarividência que o autoconhecimento projeta sob esta condição e, propor, pôr fim, o juízo negativo como resposta para tal, permitindo ao homem conhecer a si mesmo conforme conhece à Vontade. A metodologia proveu de uma pesquisa bibliográfica, englobando autores que circundaram sobre reflexões pertencentes ao existencialismo e absurdismo. Averiguou-se a imperatividade da Vontade como geradora de toda dor e sofrimento presentes no mundo, constando com isso que a única desagregação a imposição servil da Vontade se dar por meio da negação, ao nada querer. O desinteresse pelo querer que, visto como antinatural à coisa em-si, promove a atitude ascética e descortina para enxergar a clausura gerada pelo princípio de individuação e egoísmo, permitindo ao indivíduo ter autoconsciência de sua condição e da sua responsabilidade com a índole deste mundo, desafiando-o a encontrar um sentido para este absurdo que se propaga por toda existência.
Descrição:
CAVALCANTE, R.S. A autopreservação no absurdo. 2022. 17 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Filosofia).- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2023.