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A definição grega de mímesis, bem como sua tradução do latim imitatio, encontra-se presente no cerne da reflexão filosófica ocidental e da práxis artística por séculos. Apesar de condenar a poesia mimética, Platão utiliza da mimesis na formulação de seus diálogos. Baseado na hipótese de que as definições da mímesis sejam distintas, porém conciliáveis de acordo com o entendimento de que o livro 10 ofertaria um sentido “mais aberto” para tal terminologia e o livro 3 levantaria “limitações”, mobilizando algumas tentativas para resolver as dificuldades expostas pela mimese na República, desenvolvendo a seguinte problemática: até que ponto a mimese pode influenciar na construção do conceito de verdade? Para solucionar a pergunta em questão foi traçado como objetivo geral: Definir o conceito de mimesis segundo a obra de Platão. E como objetivos específicos: Traçar uma diferenciação entre o mundo sensível e o mundo inteligível; analisar a definição do belo de acordo com Platão; por fim, expor a crítica de Platão a poesia. Na metodologia, a pesquisa foi caracterizada como descritiva, bibliográfica, explicativa e exploratória. Os dados contidos na mesma foram recolhidos através de pesquisas já publicadas, que comprovam a importância e eficácia da pesquisa em questão. Nos resultados, pode-se observar que os questionamentos abordados tem seus posicionamentos ora negativos (mímese poética), ora positivos (mímese filosófica) contudo, independentemente dos eventos a mímese adota uma colocação intercessora entre o mundo sensível e o das ideias, levando em consideração que ela se coloca como um elemento crucial para a elaboração do aparecimento do mundo. Assim sendo, a mímese é inespecífica, vaga e flutuante, todavia indispensável. |
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