Resumo:
A epistemologia é o estudo do conhecimento e busca compreender como adquirimos e justificamos nossas crenças. No entanto, esse ramo da filosofia também pode ser usado para perpetuar formas de opressão e subalternização, resultando em epistemicídio, que é a marginalização de certas formas de conhecimento. Visto que, uma grande parte da filosofia eurocêntrica tende a privilegiar narrativas históricas ocidentais e silencia as vozes dos povos ancestrais brasileiros, que possuem uma perspectiva de história baseada na circularidade do tempo e na relação com os antepassados, nosso objetivo é discutir a hegemonia da filosofia eurocêntrica e pensar sobre o processo de silenciamento do pensamento ancestral brasileiro, partindo do nosso contexto de colonização e a construção da identidade intelectual a partir deste. Tendo como problemática a percepção de que a filosofia da história pode problematizar a hegemonia da filosofia eurocêntrica ao questionar as narrativas que são privilegiadas pela história ocidental e ao reconhecer a pluralidade de narrativas e memórias presentes nas diferentes culturas, nosso objeto é a epistemologia ancestral brasileira, partindo metodologicamente da análise de epistemologias passadas e apresentação de epistemologias silenciadas. Utilizamos como base para nosso estudo os pensadores, tais como Grosfóguel (2016), Quijano (2007), Mignolo (2011). O diálogo entre culturas diferentes é fundamental para a produção de conhecimentos mais diversos e inclusivos dentro da filosofia, é o que pretendemos comprovar.
Descrição:
VIEIRA, M. L. C. A hegemonia da filosofia eurocêntrica e o silenciamento do pensamento ancestral brasileiro. 2023. 18f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Filosofia).- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2023.