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Este artigo é resultado dos estudos e pesquisas realizadas no componente curricular
Historiografia Brasileira, do curso de Licenciatura Plena em Historia, da Universidade Estadual
da Paraíba. A proposta central dessa analise, é pensar a identidade nacional como construção
ideológica e por isso, uma ‘celebração móvel. Para analisar a construção da identidade nacional,
discutiremos previamente o conceito de identidade. Stuart Hall (2003) apresenta três
concepções: O sujeito do iluminismo, o sujeito sociológico, e o sujeito pós-moderno. A partir do
sujeito pós-moderno, a identidade se pluraliza e a forma de assimilação dessa identidade
também. Uma das formas de receber esses códigos de representações é a identidade nacional. O
Estado se utiliza do poder simbólico e ideológico para construir uma identidade, se sustentar e
se diferenciar das demais nações. Essa preocupação se delineia mais claramente a partir do
Segundo Reinado com a finalidade de enquadrar a nação sob o mesmo conjunto de signos, para
esse propósito, fundam-se órgãos como o IHGB e o Colégio Pedro II. Em 1844, Von Martius
escreve “Como Se Deve Escrever a Historia do Brasil, com a tese de aperfeiçoamento das três
raças: o branco, o índio e o negro; Posteriormente, muitas obras traziam a questão racial em
foco, mesmo na década de 1930, com a emergência de uma nova forma de escrita. Com a
República Nova, o Estado cria o Conselho Nacional de Estatística e esse órgão divide o Brasil
em cinco regiões, essas atualizações não se dão aleatoriamente. No final do século XIX,
mudanças redefinem a economia mundial para um modelo mais dinâmico, menos agrário, faz
com que o Nordeste, perca espaço para o sudeste, que passou a ter maior destaque econômico e
político, e passou a representar a ideologia nacional. Idealizando um projeto de nação, o Estado
utiliza o poder simbólico e ideológico para criar laços de pertencimento da parte com o todo,
para isso utiliza-se de intelectuais e órgãos que expressem valores nacionais. Dentre os
intelectuais que escreveram sobre a formação social brasileira, nos deteremos as obra Historia
Geral do Brasil de Varnhagen, Casa Grande e Senzala de Gilberto Freyre e Raízes do Brasil de
Sergio Buarque de Holanda. Os discursos destes autores e seu lugar social são importantes para
compreendermos como emergem os discursos de identidade e as concepções distintas sobre as
raízes da formação social brasileira. |
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