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A discussão sobre identidade nacional do Brasil perpassa vários períodos históricos, tendo
em vista a necessidade da compreensão dos processos que geraram as multifaces das
identidades do brasileiro. Desse modo, buscamos compreender a identidade cultural
brasileira a partir do gênero cinematográfico comédias musicais produzidas durante a Era
Vargas entre 1930-1945. Nesse cenário, esta pesquisa monográfica possibilita a
compreensão acerca de como ocorreu a criação de estereótipos dos brasileiros presentes nos
filmes selecionados, como o homem “malandro”, argumentando sobre o que constitui este
sujeito. A metodologia utilizada parte de uma análise qualitativa, na qual selecionamos os
filmes mais representativos para a temática, buscando a forma na qual o brasileiro estava
sendo representado nas obras cinematográficas de comédias musicais. A nossa base teórica
para a realização desta pesquisa se dá através de Benedict (1991), Hobsbawn (1990),
Gellner (2001) e Geary (2005). Morettin (1997), Ferro (1992) e Rosenstone (2010) Cardoso
(2013), Reis (2007), Holanda (1985) e DaMatta (2011). Pandolfi (1999) e Gregio e
Pelegrini (2017). A pesquisa contribuiu para frisar como o cinema esteve nas mãos de
governo fascista buscando legitimar e construir a sua nação, unificando e transcrevendo não
somente a ideia de nação, mas enaltecendo a sua cultura e buscando levar identificação com
os seus povos, entretanto, vale destacar a maneira utilizada para tal feito. Do ponto de vista
dos resultados, percebemos como o cinema é uma ferramenta que possibilitou a
constituição de uma identidade nacional articulada com a política do Estado, com
personagens considerados malandros, constituindo uma forma criativa de viver a vida, e
burlar as leis. Além disso, trazemos uma discussão sobre como também a cultura fez parte
de governo autoritários para legitimação de seu poder, tendo o cinema como uma fonte rica
para a história. |
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