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A construção da Barragem Argemiro de Figueiredo (conhecida como Barragem de Acauã), no estado da Paraíba, desencadeou vários conflitos acerca da gestão do território no represamento da água sua utilização durante os períodos de estiagem. A proposta do projeto da barragem encheu de esperança os moradores das comunidades, pois, para eles, dias melhores estavam por vir: promessa de trabalho, abundância de água e melhor qualidade de vida da população. Esse artigo tem como objetivo identificar os impactos das obras hídricas no Sítio Melancia, localizado no município de Itatuba – Paraíba, onde está localizada a Barragem de Acauã. A pesquisa buscou avaliar como ocorreu a formação do hidroterritório de luta através da atuação do Movimento dos Atingidos por Barragens no Sítio Melancia - MAB. A pesquisa realizada é de caráter descritivo e qualitativo, fazendo análises em trabalhos acadêmicos e bibliografias relacionadas ao tema referido. Também foram realizadas algumas visitas ao reassentamento para a coleta de dados, pesquisas secundárias e a participação em algumas reuniões. A barragem foi inaugurada em 2002 e, mesmo com 21 anos de fundação, a população afetada que já vivenciou muitos descasos ao longo desses anos, segue com algumas dificuldades, como o não cumprimento do governo estadual nas indenizações justas pelas perdas pela inundação. As famílias foram indenizadas apenas pelas casas e não pelas propriedades produtivas, além disso tiverem as suas casas de alvenaria trocadas por casas de placas de cimento e não terem como recorrer a esse descaso. Os atingidos se reuniram para recorrer pelos seus direitos e foi assim que começou a atuação do MAB na comunidade. Após 20 anos de lutas, o MAB teve uma conquista histórica: a Agrovila Acauã, que deu a possibilidade para 100 famílias atingidas retomem as suas atividades de plantio. |
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