Resumo:
Neste artigo tencionamos refletir sobre o Centenário da Abolição da Escravidão no Brasil, a partir da realidade da cidade de Campina Grande – PB, tendo como foco a ação do movimento negro na cidade no contexto de 1986-1988. A investigação ressaltou a memória de luta e resistência da negritude organizada na cidade, assim como as suas ações de protesto ou formação política, debates e palestras com intuito de fomentar o debate racial, compreendendo o Movimento Negro como um agente educador da sociedade que desconstrói as ideologias de harmonia social e racial no país em busca da igualdade racial. Nos orientamos a partir dos conceitos de memória, movimento negro, cidade e o uso de imagens pela história com HALBWACHS (1990), GOMES (2019), FERNANDES (2011), MONTEIRO (2006). Para a pesquisa documental tivemos acesso ao acervo Átila de Almeida disponível na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) em que utilizamos o acervo do jornal Diário da Borborema, assim como nos embasamos em uma pesquisa bibliográfica acerca do tema. A partir destes estudos podemos entender como o movimento negro articulou na cidade e deu visibilidade a discussão racial se organizando conjuntamente com demais coletivos sociais, realizando ações políticas de resistência como a de se opor a narrativas instituídas pelas classes dominantes acerca do 13 de maio e da abolição da escravidão.
Descrição:
DIAS, A. M. de J. "Libertação Fictícia": memória do centenário e a trajetória de luta do movimento negro de Campina Grande (1986-1988). 2023. 24 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em História) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2024.