Resumo:
Este artigo propõe apresentar pesquisa quantitativa/qualitativa acerca de uma abordagem sobre: 1º. O conceito de prisão e sua função; 2º. A sobrevivência LGBTQIAPN+ nas populações carcerárias brasileiras; 3º. Uma possível identificação com a ausência da teoria Queer (Butler, 1990; Silveira, 2018) e sua proposição de não aceitação da normatividade do essencialismo biológico no âmbito da organização carcerária. Mais especificamente, na cadeia pública das cidades de Remígio-PB e Areia-PB, onde foi notificada a presença de reclusos que se identificam como LGBTQIAPN+ (Travestis e Gays). Buscando compreender o nível de discriminação e violência enfrentado por esses atores sociais na convivência diária do sistema penitenciário, objetivando entender o grau de etnocentrismo e aculturação existente ou não entre essas populações estigmatizadas como "marginais" entre os muros do cárcere. Em suma, uma investigação com o propósito de compreender o paradoxo entendido pelo fato de que as relações heterossexuais/LGBTQIAPN+ tornam-se toleráveis para além dos muros do cárcere e, possivelmente, oferecer ao campo científico uma linha de pesquisa sobre uma temática polêmica e de grande envergadura, tendo em vista a problematização imposta pelo próprio sistema quanto ao acesso de "estranhos" ao seu universo, fortalecendo as relações com o mundo exterior.
Descrição:
PEREIRA, C. E. V. O imperativo machista nas prisões: entre os muros do cárcere, a dança da convivência LGBTQIAPN+/hetero e as nuanças socioculturais. 2023. 19 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Sociologia).- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2024.