O programa de residência pedagógica como contexto de formação docente para a inclusão de alunos com deficiência

Abstract

Esta pesquisa foi desenvolvida com o intuito de analisar e refletir se o programa de Residência Pedagógica se configura como contexto de formação docente para se pensar na inclusão educacional de alunos com deficiência. Este objetivo, por sua vez, se desdobra em três objetivos específicos, quais sejam: a) problematizar sobre como a ausência de conhecimento do que é incluir, do capacitismo e da ética profissional compromete a formação inicial do aluno participante da Residência Pedagógica; b) refletir sobre a importância do programa de Residência Pedagógica para formação da identidade profissional inclusiva e c) contrastar e refletir sobre as percepções sobre a inclusão e capacitismo entre os preceptores que atuam na rede regular de ensino e dos alunos participantes do programa RP do curso de Letras-Espanhol, do Campus VI, da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Para tanto, consideramos que esta pesquisa é de natureza qualitativa e interpretativa e seu corpus foi gerado usando o instrumento questionário, disponibilizado via e-mail e elaborado na plataforma Google Forms. Este foi respondido por duas preceptoras e quatro alunos residentes do programa de RP do curso de Letras – Espanhol da referida instituição que atuaram em duas escolas, uma municipal e uma estadual da cidade de Monteiro - PB. Para realizar as reflexões apresentadas nesta pesquisa tivemos como apoio referencial, principalmente, os seguintes autores: Mantoan (2015; 2020); Dantas (2019); Medrado (2016); Nascimento (2021); Brasil (2018; 2022); Machado (2020); Aragón (2020) e Loreto (2023). A análise do corpus apontou que quando a temática “ensino inclusivo” é debatida, ainda são perceptíveis lacunas em relação a como incluir, além de dúvidas com relação a como agir ao se deparar com alunos com deficiência. Porém, quando esse debate não ocorre, os professores podem acabar segregando os alunos com deficiência de forma involuntária, por não conhecer maneiras de incluí-los no processo de ensino-aprendizagem. Por conseguinte, concluímos que a inclusão deve ser um ponto chave a ser discutido na formação inicial dos professores e a RP pode proporcionar a efetivação desses conhecimentos na prática, antes de ingressarem de fato no contexto real de ensino. E, assim, auxiliar no desenvolvimento dos futuros professores para que sejam capazes de pensar em estratégias pedagógicas que atendam a todos de acordo com suas especifidades.