Sentimento em cores: as fases do luto de Leigh em As Extraordinárias Cores do Amanhã de Emily X.R. Pan

Abstract

Um símbolo posto na narrativa carrega significados ocultos que uma leitura subjetiva não pode revelar. Nesse sentido, este estudo utiliza uma metodologia qualitativa baseada na pesquisa bibliográfica, para explorar o simbolismo das cores expressas por Leigh, a protagonista do romance As extraordinárias cores do amanhã de Emily X. R. Pan (2019). O presente artigo tem como objetivo desvendar os significados latentes desses símbolos, argumentando que estes resistem a interpretações simplistas e requerem uma abordagem analítica mais rigorosa, semelhante à proposta por Manguel (1997). Sob essa ótica, a ênfase dessa análise está em um exame do processo de luto de Leigh após a morte da sua mãe, utilizando o método de Manguel (1997) para ilustrar como o simbolismo da cor contribui para a profundidade da narrativa. O estudo apoia-se na investigação pioneira de Kubler-Ross (1981), o qual discorre sobre os estágios do luto e as suas dimensões, bem como a exploração de Heller (2013) no que diz respeito à psicologia das cores e seus significados. Além disso, baseia-se nos conhecimentos de Manguel (1997) e Pound (2006) no que se refere à análise literária. Em vista disso, vemos a contribuição do símbolo da cor na narrativa para a compreensão e superação do luto do protagonista, e o significado dessas cores.