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O presente trabalho tem por objetivo geral analisar a postura de concurseiros frente ao ensino de regras gramaticais em canais do YouTube para fins de concurso público. Propõe inicialmente uma apresentação a respeito do preconceito linguístico, bem como refletir sobre sua presença no cotidiano, em sala de aula e também nas redes sociais, e por fim, discutir sobre as três concepções de linguagem que são fundamentais na compreensão do papel da linguagem na concepção humana. Para esse fim, como parte do processo metodológico, utilizou-se uma pesquisa de cunho qualitativo de caráter descritivo, e na coleta de dados foram analisados comentários de alguns canais de concurseiros na plataforma do Youtube, a fim de identificar a forma que concebem a língua. Para a fundamentação teórica contamos com a contribuição de alguns autores, como Bagno (1999; 2007) e Antunes (2007) a respeito do preconceito linguístico. Além disso, utilizamos os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998) e Bakhtin (2006) sobre as concepções de linguagens, dentre outros. Muitas pessoas, por não entenderem que a língua portuguesa é um sistema dinâmico e em constante transformação, e ao confundi-la com as regras fixas da gramática normativa, acabam mais propensas a desenvolver preconceitos linguísticos. Por isso, é fundamental reconhecer essa diferença para fomentar uma maneira de se relacionar com a linguagem que seja mais acolhedora e livre de discriminações. Os resultados do estudo evidenciaram que os comentários sobre as aulas de gramática para concurso, de forma geral, não distinguem língua e gramática, considerando que uma se esgota na outra. |
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