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O Brasil abarca diversos tipos de variedades linguísticas e todas essas diferentes formas de se comunicar devem ser respeitadas, inclusive no ambiente escolar. Diante disso, este trabalho tem como objetivo geral fazer uma análise de como a escola vem contemplando o trabalho com a linguagem, levando em consideração a variação linguística presente nas salas de aula. Essa pesquisa surgiu diante de uma inquietação ao perceber que ainda existe muito preconceito linguístico, sobretudo no ambiente escolar. Em relação ao procedimento metodológico, a pesquisa utilizou uma abordagem qualitativa de caráter descritivo. Para isso, foi aplicado um questionário com professores de idades diferentes e tempo de atuação profissional distintos, a fim de se obterem os dados necessários para que fizéssemos um levantamento de como esses professores abordam a questão da variação linguística e se o tempo de formação e atuação profissional dos referidos professores pôde servir como possível fator a influenciar na forma como o trabalho com a linguagem é desenvolvido em sala de aula. No que tange ao referencial teórico, foram utilizados os trabalhos de Geraldi (2011), Travaglia (2005) e Zanini (1999), para abordar a questão da concepção da linguagem; coelho et al. (2015), no trato da variação linguística; Bagno (2007), para discorrer acerca do preconceito linguístico; Antunes (2014), para referir-se às questões do ensino da gramática contextualizada, dentre outros. Os resultados obtidos demonstraram que o tempo de formação dos profissionais agiu como um possível fator a estabelecer uma abordagem linguística mais significativa, visto que os profissionais formados num período de tempo mais recente e com um tempo de atuação menor parecem favorecer mais o tratamento de aspectos linguísticos voltados para situações reais de uso em suas aulas, o que acarreta a não marginalização do fenômeno da variação linguística presente na fala dos aprendizes, tornando o ensino inclusivo. |
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