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A história das culturas africana e brasileira está entrelaçada e isso, por sua vez, resulta na chamada cultura afro-brasileira. O Baobá, símbolo de resistência, atemporalidade e reerguimento, pertence, geograficamente, à África. No entanto, com o passar dos anos, a árvore começou a ter exemplares também no Brasil. Na vida do Pequeno Príncipe Preto, essa expansão do Baobá é bem observada pelo fato de que, em seu planeta, que está distante quilômetros luz do planeta terra, há uma espécime da árvore. Além disso, no decorrer do livro, o menino aponta ela como parte essencial de sua vida, dando-a características referentes ao afeto, à ancestralidade e à sabedoria. Pensando na representação da Baobá (personagem) para a narrativa, na pesquisa em questão, foi posto como objetivo geral analisar como a árvore Baobá é tratada na obra contemporânea e como ela pode atuar como ponto de afeto, de sabedoria e de ancestralidade. Para mais, foi proposto promover uma discussão acerca de temáticas raciais através da Literatura Infantil e Juvenil; instigar o estudo sobre a árvore Baobá e a sua importância e divindade perante os grupos sociais que estão inseridos em África e no Brasil e; analisar como a obra contemporânea abarca temas caros à cultura afro-brasileira e como esses temas conversam entre si e podem ser aplicados na respectiva literatura. Este trabalho é configurado como qualitativo e de cunho bibliográfico, pois, para sua construção, foi necessário o uso de obras e artigos que versassem sobre a temática. Como referencial teórico, em primeiro lugar, é tratada a Lei 10.639/2003 (Brasil, 2003), que versa sobre a obrigatoriedade do ensino das culturas negras e afro-brasileiras nas escolas; são trazidos, também, alguns nomes, sendo eles: Oliveira (2007) e Freitas e Santos (2018), no que se refere à temática da ancestralidade; Lucena (2013), Costa e Silva (2016), Machado (2016) e Adão (2023), no que concerne ao Baobá; Chevalier e Gheerbrant (2003), no que se refere ao Dicionário de símbolos; Barreiros e Vieira (2000), Candido (2006) e Pestana (2020), no que diz respeito às temáticas culturais; Ariès (1981), quando versa sobre a formação da criança e o papel da família; Coelho (2000), Cademartori (2006), Paiva e Oliveira (2010), Martins (2017) e Santos (2017), no que se refere à Literatura Infantil e Juvenil e ao seu papel na formação de leitores. A árvore Baobá possui grande relevância na cultura afro-brasileira e isso se dá justamente por ela ser um símbolo de culto, louvação e adoração e esse é o ponto a ser abordado nesta pesquisa. |
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